segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Aline



Sábado passado (12/02/11), completou um mês da tragédia que assolou a região serrana do Rio de Janeiro. Um mês em que vimos dor, destruição e sofrimento, mas também vimos solidariedade, amor ao próximo e, é claro, alguns milagres.

Sim, dentre tantas perdas imensas e sofridas, algumas de formas terríveis, pudemos nos deparar também com pequenos grandes milagres, como o daquele homem que foi resgatado após 16 horas soterrado, a quatro metros debaixo da terra, ainda com vida, ou daquele jovem pai que protegia seu filhinho e como um passarinho lhe passava, boca a boca, as pequenas porções d'água que o bombeiro lhe dava, para que a sua criança se mantivesse nutrida e hidratada.

Estive no Ginásio Pedrão na noite do dia 12 e lá, também, compareceu uma colega de trabalho. No dia seguinte, conversando, percebi como nossas visões eram completamente diferentes, ela viu a destruição e o terror causados pela tragédia, eu vi a solidariedade e a mobilização de uma cidade inteira e dos quantos vieram de outras localidades, tentando levar àquelas pessoas sofridas o seu melhor, para que elas se sentissem amparadas e adquirissem um sentimento de superação pelas suas perdas.

Uma cidade que, desde que vim morar aqui há cinco anos, eu achava fria e sem educação.. verdade, o povo de Teresópolis me surpreendeu e surpreendeu bem.

Vim escrever para fazer uma pequena homenagem a uma colega de trabalho que morreu no dia 12/01 e acabei falando do quadro geral...

Aline foi e é especial para muitos da A&B e eu, embora não a conhecesse muito bem, sinto sinceramente a sua perda e a falta que nos faz. Na fábrica, fui a primeira a saber de sua morte e, ainda hoje, não consigo acreditar que realmente tudo isso aconteceu. Era quarta-feira, ela se casaria no sábado.

Ainda é forte a dor que a falta dela faz a muitos. Assim como a falta que muitos fazem a tantos outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário